segunda-feira, outubro 30, 2006

What a feeling...



Se ontem a minha playlist só tocou Nightwish, hoje não parei de cantar coisinhas antigas... Foi um dia de cão, com aulas da treta, com um exercicio surpresa depois de ter estado três horas e meia a fazer silogismos no Destak sem ouvir uma palavra do que o senhor dizia... Ainda assim, apetecia-me cantar... Um música puxava outra e até uma tentativa de traduzir Dartacão (Datadog) in loco aconteceu... Mas sem dúvida que hoje estou muito 80's! Provavelmente tal estado mental deve-se à tarde de ontem, com o Flashdance... Por incrível que pareça, nunca tinha visto...
Portanto o blog de hoje é também para a minha Homónima, porque realmente...

Just a small town girl on a Saturday night
lookin' for the fight of her life
In the real-time world no one sees her at all
They all say she's crazy

Locking rhythms to the beat of her heart
Changing woman into life
She has danced into the danger zone
When a dancer becomes a dance

It can cut you like a knife
If the gift becomes the fire
On a wire between will and what will be

She's a maniac, maniac on the floor
And she's dancing like she's never danced before
She's a maniac, maniac on the floor
And she's dancing like she's never danced before
(...)

E deixo-vos esta para recordarem...

A todos os que me aturaram as cantorias hoje: pessoal da fac, utentes da CP e cidadãos que pensavam que se podia passear descansado nas ruas de Lisboa, um Obrigado!

Apesar de tudo, foi um grande dia!

Bom Halloween! Keep practicing your spells! :P

Homónima, "you make me feel like dancing"!!!


sexta-feira, outubro 27, 2006



Ornatos Violeta (click)

Ouvi Dizer


Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.

E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser TU
E um homem como TU;
COMO EU NÃO FUI;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga!Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!


[It's also for you, my darkest, alternative Master =) Good luck with your rubber! I'm going to start right now!]

sexta-feira, outubro 20, 2006

Há pessoas mais visuais, mais olfactivas, auditivas… Cada pessoa desenvolve mais um determinado sentido e é assim que filtra a realidade…

A propósito de uma aula sobre comunicação, percebi que temos que detectar qual é o sentido predominante de cada pessoa, para que possamos levar-lhe o mundo pela mesma via que ela usa para se relacionar com ele…
As pessoas mais visuais dizem “não estou a ver nenhuma saída para isto.”.
As pessoas olfactivas referem frequentemente que se lembram do “cheiro” desta pessoa, ou o aroma associado àquela ocasião.
As pessoas auditivas podem afirmar que “soou cá dentro uma campainha!”.
Há ainda pessoas cinestésicas, e essas “sentem na pele”.
Pessoas gustativas podem achar que lhes “soube a pouco”.

É fantástico observar as pessoas e reparar na forma como assimilam a vida…

Durante essa aula mostrou-se necessário definirmos o nosso próprio estilo.
Aí eu pensei: Sim, sou visual! Eu até sei dizer em que sitio e em que página do livro está escrita aquela situação! Claro que sou visual! Eu sempre espalhei os meus esquemas de apontamentos pela casa para poder olhar para eles e decorá-los… E até dou cores às pessoas e às épocas de ano… E lembro da camisola que usaste naquele dia…
Calma, calma… E quando passo na rua, no meio da multidão e… “cheira-me a ti!” e quando entro numa perfumaria e está ali o cheiro de tantas pessoas… E os aromas das casas… E o cheiro dos lençóis lavados… E o cheiro que fica no quarto quando acordamos de manhã… Sou visual ou olfactiva!?
E aquelas músicas que já não se ouvem há muito tempo e que provocam um arrepio na espinha e uma dorzinha de barriga porque nos levam automaticamente para aquela ocasião em que… Tenho tantas músicas nesse pedestral só para não as banalizar… Até já dei destaque a algumas aqui no blog… Músicas que dão raiva, fazem chorar, ou que me lembram daquelas férias, aquela noite, aquela pessoa… Mau, com que sentido apreendo o mundo?!
Caracóis, enrolá-los nos dedos, sentir o cabelo de alguém… Um toque dos teus dedos finos na minha pele… E não esquecer aquela pessoa que quando chega abraça apertado, a que beija sem tocar a face e a que simplesmente faz um aceno com a mão e não toca e a que dá aquele beijo repenicado na testa ou a que encosta os lábios ao cabelo… Ah, e quando o metro está cheio de gente e sem querer tocamos na mão de outra pessoa, no varão?!
Já para não falar do chocolate, o doce de leite ou um chocaccino enquanto se planeiam noites de solteiros... O chá de maçã e canela que me lembra aqueles trabalhos do porco… O ritual dos crepes em casa dos primos… Os grelhados em casa dos tios… Associo sempre sabores a pessoas e ocasiões…

Tudo isto me passou pela mente durante alguns segundos e enquanto ao meu lado se ouviam burburinhos: “eu sou visual!”; “mas eu sou mais auditivo!”… “E tu, o que és?!”.. Hã?! Acordo do meu transe e respondo: “eu sou uma artista, sinto com tudo!”… Calaram-se.

O que era a vida sem lágrimas, sorrisos e gargalhadas, sem beijos e abraços, sem o vento a espalhar os cabelos, sem chuva a bater nas janelas enquanto bebemos um chá quente à lareira e lemos um bom livro?! O que era viver sem as nossas cantorias e os meus gritos de espanto?! O que era a vida sem sentir?! Era apenas existir…

Por isso eu quero “sentir tudo de todas as maneiras!” pois só assim se vive plenamente…

E tu, que pessoa és!?

terça-feira, outubro 10, 2006

A Lua...


Hoje apetece-me abraçar o mundo, beijar as nuvens, sorrir para a Lua… De facto, já hoje lhe sorri, quando a vi gorda e brilhante, ao sair de casa de manhãzinha. Já nessa altura sabia que tinha que escrever, já sentia o que ia acontecer… Na realidade (seja lá o que ela for), não percebo estas expressões amorosas súbitas quando o amor me desilude cada vez mais… Pelo menos esse tipo de amor. Esse teu amor.

A minha mente criou-te como uma personagem de um sadismo passivo-agressivo, cuja imagem distorcida comete ainda, sem saber, crimes contra a pessoa que acho que sou (será que sou? quem sabe se existe afinal?!).

Matas-me aos poucos, eu mato-me aos poucos… Ignoras o sangue nas tuas mãos, como se não as tivesses cravado no meu peito para retirar as entranhas e as espalhares por aí… Simplesmente fizeste-o, já não te lembras porquê e isso também não te importa…
Mas a minhas mãos também estão sujas… Não da tua pele, nem do teu cabelo. Não, porque simplesmente não te tentei deter. As minhas mãos estão sujas do meu próprio sangue… Já não sei se fui eu ou foste tu… Só sei que este buraco no peito dói.

Quando não estás, dói mais ainda… Mas alguma vez estiveste!? Mesmo que apenas por um momento, alguma vez estiveste comigo na minha escuridão!? Como pode a minha mente ocupar-se contigo?! Porquê tu? Sempre tu… Ou então, porquê dar outro rosto a esta descida!? É só uma face, um nome, é só um rótulo… A queda é sempre a mesma, só precisa de um pretexto…

Nem agora que me envaziáste de todo o meu conteúdo físico, de todos os fluidos que me mantinham neste mundo, no teu mundo, nem agora, tiveste alguma consideração por mim… Mas eu ajudei-te no teu trabalho. Pelo menos desta vez levaste alguma coisa até ao fim! Pena ter sido o medo e a raiva a impelir-te… Podia ter sido o Amor… Ora, seria tão simples e tão romântico… Matavas-me e imortalizavas-me… por Amor! Seria sempre tua, e ninguém mais poderia existir para mim, depois de ti! Mas não… Isso exigiria demasiada entrega e esforço. Nunca o conseguirias.

Dou comigo a rir a bandeiras despregadas! O mundo é irónico e contraditório… Como poderia eu alguma ver ser outra coisa senão relativista?! Ai… tento conter o nó na garganta da gargalhada que quer sair… E continuo a querer amar o mundo! No fundo, tu fazes parte do mundo… mas apenas do Meu mundo… Não existes, fui eu que te criei! Então, mas… Se tenho o poder de criar também tenho o poder de destruir! Posso sempre matar-te! Mas se te mato, que cara tenho eu para dar a isto? E se o paraíso quiser voltar!? Não… O paraíso nunca será tão profundo e rico como o abismo… Está-lhe na natureza…

Está tudo muito bem assim! Até esta dor de morte está bem, apesar de me lamentar gritando ao vácuo que me envolve…

Acho que vou juntar nas minhas entranhas profanadas e tentar arrastar este corpo dilacerado por ti, por mim, para fora daqui…

Mas para onde?

Onde?!

Não há mais nada…

Queria abraçar o mundo, beijar as nuvens, sorrir para a Lua.

Só queria ver a Lua uma última vez…

Agora sim, sou tudo o que sempre pensaste de mim.

NADA

A Lua... uma última vez…

A Lua...

A... Lu... a...

.

.

.

[tks Miss Vana(trip)! Sing with me: "If Heaven’s really coming backI hope it has a heart attack!"]

sábado, outubro 07, 2006


Drifting in a melting abyss

Pieces of me are falling from my sky and being projected into my chest… Everything is melting around me and I just want to take a last breath to prepare myself to jump… Jump into my abyss, where I can wait for the night to be gone, and then climb the cliffs of my dark shelter, just to see the sunlight again. But till that moment, I’m gonna stay here, suffocating in my pain, swallowing my own blood, grabbing the dark sharpen rocks and throw it away as If I could make you feel a little part of my pain. But I have no strength enough to do it… And deep inside, I know I’m wrong… I’m wrong again… I’ve always been wrong…

No… YOU are wrong!

Made up your mind!!!

And now, I’m back into myself (you never know me as I am, I’m so much more! I’m so much different! I’m so much better!)… I’m just a huge black and white sorceress drifting in this human world, inside this little body, waiting to find the ones of my kind… And you… You’re just a common mortal after all!

The night has always known when it's time to get going… So, tomorrow is another day to drift with a smile upon my face!



[Photo by me, model and editions: Sara Amaral]