“E porque a noite nos atrai sempre e os nossos passos caminham sempre em direcção a ela (…)”
…e fujo, procurando uma cama para dormir ou um livro para me distrair em vez de enfrentar, no contexto apropriado, a possível realidade do futuro. A peça que faltava foi encontrada e no entanto o vazio do seu lugar mantém-se. Será possível agarrar a areia sem a fazer fugir por entre os dedos? Livre mas acorrentada pela dúvida num nó apertado pelo medo. Perder, perder… E a noite continua lá fora, a coruja pia e a vontade de correr para aquela praia mantém-se. Mas o sono também bateu à porta depois de um dia preenchido propositadamente por tudo quanto canse o corpo. Há coisas por fazer mas não importa. Fica o medo, a incerteza, a saudade e aquela liberdade que só a noite dá.
Quem será que canta esta música? Gosto.