“Era já o cair da noite de um dia de Novembro, numa pequena vila, situada no sopé de uma montanha. Um velho e bom homem, estimado por todos os habitantes da vila, vinha andando por um escuro caminho que ligava a igreja a sua casa.
Quando chegou à porta retirou o casaco e dobrou-o. De repente, e de forma inesperada, prostrou-se de joelhos e começou a fazer, no solo empoeirado, movimentos em semi-circulo com a palma da mão direita. Passaram-se alguns minutos sem que ninguém aparecesse. De repente, surgiu um dos habitantes da aldeia que vivia do outro lado da rua. Espantado de ver o homem naqueles preparos, encaminhou-se rapidamente na sua direcção.
- João! – chamou o vizinho, perguntando: - Passa-se alguma coisa?
O bom homem olhou para cima surpreendido e respondeu: - Meu filho, penso que perdi as minhas chaves.
- Perdeu as suas chaves? Não se preocupe que nós vamos ajudá-lo a encontrá-las – Disse o vizinho.
Não havia passado muito tempo e quase toda a aldeia estava de gatas tentando encontrar as chaves perdidas, percorrendo todos os centímetros de chão e arbustos que rodeavam a casa do João.
- João – perguntou o outro vizinho – tem a certeza que perdeu as chaves?
- Claro, meu filho, tenho a certeza – respondeu o homem.
- Bom – disse o vizinho. – E tem a certeza de que as perdeu aqui?
O homem ficou em silêncio, olhando para o caminho. Em seguida disse:
- Não, eu não as perdi aqui – e apontando para a vereda escura que levava á igreja, disse: - Eu perdia-as ali.
- Perdeu-as lá atrás no caminho? – perguntou um vizinho surpreendido. – Então desculpe-me João, mas porque procura as chaves aqui.
O João levantou-se, sorriu pacientemente, e apontando para a luz da porta da sua casa disse:
- Porque aqui há mais luz, meu filho!”
(In Educar para o Optimismo, Helena Águeda Marujo, Luís Miguel Neto e Maria de Fátima Perloiro)
Quantas e quantas vezes procuramos respostas onde sabemos que elas não estão?
Quantas e quantas vezes permanecemos sem chaves numa luta perdida, apenas por medo de abandonar o conhecido, o confortável, o “iluminado”?
Quantas vezes nos permitimos viver pela metade apenas com medo de avançar para o desconhecido?
Quando chegou à porta retirou o casaco e dobrou-o. De repente, e de forma inesperada, prostrou-se de joelhos e começou a fazer, no solo empoeirado, movimentos em semi-circulo com a palma da mão direita. Passaram-se alguns minutos sem que ninguém aparecesse. De repente, surgiu um dos habitantes da aldeia que vivia do outro lado da rua. Espantado de ver o homem naqueles preparos, encaminhou-se rapidamente na sua direcção.
- João! – chamou o vizinho, perguntando: - Passa-se alguma coisa?
O bom homem olhou para cima surpreendido e respondeu: - Meu filho, penso que perdi as minhas chaves.
- Perdeu as suas chaves? Não se preocupe que nós vamos ajudá-lo a encontrá-las – Disse o vizinho.
Não havia passado muito tempo e quase toda a aldeia estava de gatas tentando encontrar as chaves perdidas, percorrendo todos os centímetros de chão e arbustos que rodeavam a casa do João.
- João – perguntou o outro vizinho – tem a certeza que perdeu as chaves?
- Claro, meu filho, tenho a certeza – respondeu o homem.
- Bom – disse o vizinho. – E tem a certeza de que as perdeu aqui?
O homem ficou em silêncio, olhando para o caminho. Em seguida disse:
- Não, eu não as perdi aqui – e apontando para a vereda escura que levava á igreja, disse: - Eu perdia-as ali.
- Perdeu-as lá atrás no caminho? – perguntou um vizinho surpreendido. – Então desculpe-me João, mas porque procura as chaves aqui.
O João levantou-se, sorriu pacientemente, e apontando para a luz da porta da sua casa disse:
- Porque aqui há mais luz, meu filho!”
(In Educar para o Optimismo, Helena Águeda Marujo, Luís Miguel Neto e Maria de Fátima Perloiro)
Quantas e quantas vezes procuramos respostas onde sabemos que elas não estão?
Quantas e quantas vezes permanecemos sem chaves numa luta perdida, apenas por medo de abandonar o conhecido, o confortável, o “iluminado”?
Quantas vezes nos permitimos viver pela metade apenas com medo de avançar para o desconhecido?
3 comentários:
Quantas das vezes a nossa busca por algo que não existe, nos fere e magoa os outros k nos circulam?
Quantas vezes ele vai continuar a procurar a chave do lado errado da vida?
Era tão simples de axar. Ele até sabia onde as encontrar, estava à espera de k? PORRADITA NELE
beijinho gd
Engraçado.
Hoje estive a ler uns textos do meu antigo blog que falavam exactamente disto. Do medo que eu tinha em avançar para algo e desconhecido, que podia ser melhor. Chegava a ficar paralisada. Permanecia no quentinho confortável do conhecido ainda que não fosse o melhor. Tudo por medo da mudança que, no fundo, desejava tanto. Felizmente mudei. Mas acredito que haja muita gente assim, ainda. E que todos temos muito essa tendência.
E como, por não avançar e ficar paralisada, impedia que as coisas boas me acontecessem sem me aperceber.
Enviar um comentário