quinta-feira, agosto 09, 2007


Perdermo-nos não é mais do que chegar a um lugar que não aquele que planeámos.

Aprendo isso muitas vezes e parece que existe uma tendência a ir esquecendo.

Passei os últimos dias irritada por terem estragado planos conjuntos de férias, decididos desde o ano passado. Abdiquei de maiores e mais ricos destinos, num espírito mais familiar, mas nem assim menos interessante, apenas por aquela semaninha que era só nossa, “de pés descalços e unhas pintadas”, com torta de chocolate como pequeno-almoço. A sensação não caber nestas quatro paredes caiu em mim como chumbo. Seria demasiado tempo aqui do que aquele que ia conseguir suportar. É estranho quando a nossa casa não corresponde ao lugar onde nos sentimos em casa.

Mais uma vez foi apenas uma situação que conduziu à possibilidade de abrir outra porta. Pondero prós e contras e salta sempre mais alto a ideia de partilhar dias com pessoas novas, algumas desconhecidas, e de poder redescobrir um lugar que me fascinou, há duas semanas atrás, por minha conta.

Este será, supostamente, o meu último ano de férias de dois meses. Já só falta um. O que quero eu fazer com estes dias? Mais do que o tédio de aqui estar me permite.

1 comentário:

Ana Cristina disse...

estar sem saber o que fazer...mas sair...vaguear...mergulhar nas pessoas que não conhecemos...ver o que nunca vimos...cheirar o que nunca cheiramos...tocar no que nunca tocámos!...
isto é bom...
não tenho local nem hora marcada...vou simplesmente!não sei para onde...é "logo se vê"!
enfim é talvez o primeiro ano na minha vida em que nada está planeado; e não me sinto mal por isso!

Bjs