quarta-feira, fevereiro 14, 2007

O Carmo... e a Trindade
Como começar!? Pela parte boa ou pela má? E que tal pelas duas?! Afinal, a ambiguidade é minha amiga e não há bom nem mau, só bom&mau…

Finalmente fui ao Carmo. O dia estava exactamente como eu desejava, sol, calor, céu azul. Fui passear com a minha amiga, brincando sobre as lamechices do dia, apanhando um solinho, observando as lojinhas alternativas e os músicos de rua. As ruínas não me surpreenderam, era tal e qual eu esperava! Afinal as pilhas não estavam a acabar e as fotos não ficaram nada mal, tendo em conta as limitações da luz e da conhecida HP. Observei, senti, fotografei, sentei-me nas escadas a conversar esperando que a visita guiada saísse para poder fotografar mais. Deitei-me no chão para ter melhores ângulos, rodopiei e fiz rodopiar para a objectiva, fotografei camones a seu pedido, apesar de não terem percebido porque os mandei para um sítio com sol! Subi o elevador, a tremer, gritando a cada degrau, mas fotografei Lisboa lá do cimo, tal como pretendia. Ouvi vários “obrigados” de alguém a quem não ajudei… Ou então um sorriso já é o bastante para um agradecimento. Fiz tudo o que queria, como queria e em boa companhia.




Mas isto é “bom!”, pensará qualquer leitor.

Sim, é bom, mas seria realmente bom não fossem as palavrinhas na cartinha que iam dentro do saco. Não fosse a sensação de impotência perante aquelas frases, não fossem as dúvidas do que trará o futuro, não fosse o “era mau, e ainda ficou pior!”… E contudo, aqueles minutos foram meus e rodopiar no centro de tão imponente formação, faz-nos sentir que tudo é possível, afinal foi o homem que construiu tudo aquilo! Há uma sensação de pequenez também, mas não a mesma que se sente perto de uma cascata, no alto de uma serra ou numa falésia num dia de mar bravo. É diferente porque o termo de comparação foi construído pelo homem, destruído pela natureza, reconstruído pelo homem, inacabado por opção do homem. Ali havia opção. Ali era possível. E no entanto o papel continuava no bolso. Mas o bom dos lugares mágicos, é nos fazerem roubar minutos ao tempo, às suas preocupações e impossíveis.

De volta a casa, o papel continuava a pesar no saco. Cada vez mais pesado. Cada vez maior.






3 comentários:

Anónimo disse...

A vida é feita de altos e baixos. Por vezes, os baixos não nos deixam viver plenamente tudo o que de bom tem a vida. Mas, mais vale cair ou fazer por continuar de pé?
Todos os dias lutamos, mas por vezes a luta é tao pekena que nem nos apercebemos. Depois, surgem akeles momentos de luta maior, e ai temos k continuar a lutar, mesmo face à impotência, mm face à nossa pekenez.

o ser humano apesar de pekeno, tem força, por mais cansados k por vezes nos possamos sentir, temos sp uma força dentro de nós. Eu estarei aki pa te apoiar, e espero k seja da melhor maneira. Sinceramente, nc passei por esta situação. tento ser optimista, mas n sei se magoo, ou se dou esperanças. Por outro lado, ser pessimista, é algo k neste momento n ajuda.

Axo k devemos viver o dia de cada vez, lutando diariamente pelo um dia melhor... e tou aki pa te apoiar o maximo k posso.

Beijinhos grandes da Berleta

Paulo disse...

É bom conhecer blogues assim...

Marcos Sobral disse...

maldta ambiguidade....