«(…)
- “Cativar” quer dizer o quê?!
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer “criar laços”….
- Criar laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti…
[…]
_ Se fazes favor… Cativa-me! – acabou finalmente por pedir.
_ Eu bem gostava – respondeu o principezinho, - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de cosias para conhecer…
- Só conhecemos o que cativamos. […]
- E tenho que fazer o quê? – disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim, assim na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas podes-te sentar cada dia um bocadinho mais perto…
[…]
- Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa. – Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. (…) Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito….”
Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho
Para relembrar aos que leram o Principezinho quando ainda desenhavam jibóias a engolir elefantes…
Para mostrar o que se perde quando se vê apenas um chapéu….
Para acordar as raposas da minha vida.
- “Cativar” quer dizer o quê?!
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer “criar laços”….
- Criar laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti…
[…]
_ Se fazes favor… Cativa-me! – acabou finalmente por pedir.
_ Eu bem gostava – respondeu o principezinho, - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de cosias para conhecer…
- Só conhecemos o que cativamos. […]
- E tenho que fazer o quê? – disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim, assim na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas podes-te sentar cada dia um bocadinho mais perto…
[…]
- Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa. – Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. (…) Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito….”
Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho
Para relembrar aos que leram o Principezinho quando ainda desenhavam jibóias a engolir elefantes…
Para mostrar o que se perde quando se vê apenas um chapéu….
Para acordar as raposas da minha vida.
5 comentários:
um GRANDE livro....
desculpa ter "invadido" o teu blog...conheço o César e entrei no dele; depois tive curiosidade e fui ao teu...
só para te dizer que adoro a forma como escreves...adoro os teus textos e identifico-me com muitos deles...
obrigada por escreveres assim:-)
jinhos
Ana Fernandes
Olá Ana, obrigada pela tua visita! volta sempre que quiseres! pena não teres também um blog para eu "invadir", retribuindo a visita =P
beijinhos
não tenho nenhum blog...não sou mto dada ás novas técnologias:-)...
mas escrevo mto tb...quase a toda a hora e do nada pufff...lá vem + 1 texto...
um dia mando um texto...partilho...
habitualmente não o faço...
jinhos e inté...
qualquer dia(quem sabe):-)
Ana F.
fico à espera então...
Até proque se há coisas que temos mesmo que guardar para nós, outras há que devem ser apresnetadas e partilhadas. Como diria o meu professor de fotografia: "a dada altura da vida, a maior questão que surge é: O que tenho eu para dar ao mundo?!"
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