sábado, março 24, 2007

Quando a noite chegar, leva-me contigo onde vais.

Sabes que o manto escuro e as estrelas me pesam na alma como chumbo… Até a Lua, franca e luminosa, me é difícil suportar quando não estás. Leva-me nas tuas deambulações nocturnas, clandestinos pelo mundo, voando em nuvens de algodão, leves como o vento.


Sabes que é a noite que me esmaga, e me deixa a sufocar no meu próprio sangue, morrendo mais uma vez, até que chegue a aurora. Não permitas que me feche neste corpo pesado e demasiado pequeno para conter todo o meu ser. Procura-me silenciosamente na escuridão, eu saberei quando chegares… e conduz-me ao mundo dos sonhos, que de pesadelos já me sinto eu cheia.


Vamos até ao outro lado do mundo, onde raia o dia! Ver o nascer do sol numa ilha perdida, sentir a manhã de uma grande cidade e o entardecer numa aldeia remota, e voltemos aos nossos corpos só nessa hora, para a realidade onde já brilha o sol do dia seguinte.



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