segunda-feira, setembro 24, 2007

Se tivesse trazido máquina tu sentavas-te naquele banco de frente para o relvado que a luz rasante do fim do dia ilumina e onde os pombos e os pardais se passeiam. Os dourados contaminariam a cena oferecendo reflexos brilhantes ao teu cabelo, despenteado pela brisa suave e corte recente. De pés cruzados, apoiavas as mãos no cimento aquecido pelo sol que recebias gratamente. Depois de um qualquer comentário estereotipado sobre classes profissionais, atiravas a cabeça para trás numa gargalhada e eu congelaria o momento com as minhas lentes. Mas não levei a câmara… e terei que guardar assim este bocadinho de dia.

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