quarta-feira, janeiro 31, 2007

Desafio: Imagens da Minha Terra
A minha amiga Ana desafiou-me a mostrar Fotos da Minha Terra e aqui surgiram 2 questões:
Primeiro, eu tinha-lhe dado a maioria das minhas fotos tipo postal (sugiro que visitem o blog dela se as quiserem ver), e depois... Onde é a minha "terra"?!
Quanto à primeira, decidi colocar aqui as fotos dos lugares como eu os vejo, e não como os turistas vêm nos roteiros, é a minha perspectiva, o meu olhar sobre os meus lugares. Quanto à segunda, resolvi que não havia cá tempo para filosofias e tomem lá as "terras" onde passo mais tempo e às quais também sinto que pertenço, embora não tenha encontrado ainda "o meu lugar".
"Não sou nem ateniense nem grego, mas sim um cidadão do mundo."
Começando a visita guiada... A serra de Sintra! E nem me dei ao trabalho de procurar uma fotografia sem nevoeiro, se querem ver as coisas como elas são, aqui têm a típica camada de nevoeiro que cobre a Serra.


A encosta do Castelo dos Mouros... Um dia hei-de chegar aquela casinha pequenina que fica logo no cimo...


E de Sintra também faz parte o fim de tarde perto da pedra de Alvidrar, ondem dizem que há um gigante. Antigamente o tribunal era aqui. Atiravam-se as pessoas arriba abaixo e se fossem inocentes sobreviviam (e ainda há quem diga mal da Justiça de hoje em dia...).


A Praia Grande não podia faltar! Lugar de bronzes, ondas, passeios, noites de conversa... Esta foi tirada do cimo das escadas, logo depois das pegadas de dinossauros.



Sintra não era Sintra sem a Quinta da Regaleira, e essa só quem conhece é que sabe o que significa...






A cascata...






O Portal dos Guardiões, logo depois de um dos túneis...



Monserrate, outro dos meus lugares... Quantas e quantas sessões de fotografia, já para não falar nos lanches de 6ª feira, quando eu e o meu primo eramos miudos e rebolavamos no relvado...

Em dias de festa, colocavam aqui um pano (vermelho ou azul, os investigadores ainda não se decidiram) para que o ambiente fosse mágico dentro do palácio...


O Palácio.




Uma janela em detalhe...



A capela destruída, onde o Senhor pedia aos criados para acender o lume à noite, para poder contar histórias da bruxa que vivia na floresta...



Nos ultimos anos, Sintra tem tido também Feiras Medievais. Esta foto foi da última feira, realizada em S. Pedro (gostava mais quando era no Palácio da Vila).




A Pena vista da Regaleira.




Qualquer roteiro de Sintra tem que incluir a Linha, pois está claro! Todos dizem que estar em Sintra é uma aventura e é-o ainda mais se se vier de comboio!



Uma das ruelas, com o Castelo ao fundo.





Detalhe das chaminés do Palácio Nacional da Vila de Sintra.




A fonte mourisca que está sempre ali a jeito depois de comidos os travesseiros na Volta do Duche.




Eu não seria eu se não passeasse por Terras da Ericeira, pelas suas ruas de calçada e as casinhas características, sem estacionar o carro ao lado de um barco ou correr atrás das gaivotas.




Tive que considerar também Cascais, pois o Gelado Santini faz parte...



...e o fim de tarde no Guincho, ver os pescadores à "caça das lulas" ou simplesmente deitar-me nas rochas da Boca do Inferno em dias de mar bravo e ficar a ouvir.



Mas sem dúvida que Lisboa também é a minha terra, por tudo o que tenho dito aqui no blog e também por tudo o que não é dito...
Rua Augusta em época natalícia.



A Cidade e o Tejo vistos do Castelo




A Cidade, um bocadinho da Ponte e se olharem com atenção têm o Carmo, onde eu tenho que ir.




Belém e o CCB... Eu e a minha amiga Liliana no dia de mais um Woldpress Photo e de Pastéis comidos na relva do jardim.





Tinha com certeza mais fotografias para mostrar, mas o espaço é pequeno e o tempo escasseia. Aqui fica a minha visão da "minha terra" que no fundo não é só uma, nem se limita ao que apresento aqui. Continuo na minha jornada à procura do meu lugar, mas estes farão sempre parte de mim.



I think I found the right melody today...


I don't know why
But I cant seem to find the right melody today
I can't make the words fit how I feel

I don't know when
Was the last time that I slept the whole night through
And when morning comes around
I feel tired

I woke up from the strangest dream
With a dancing dog and a beauty queen
They said nothing, nada, niente
I'm empty

But Your here and I'm here
So I stop complaining it could be raining
And I see the answer in your eyes
Your here and I'm here
I keep on singing just keep on singing
Singing

Do you know why
I cant seem to find the right melody today?
Can't make the words fit how I feel
Do you know when
Was the last time that I slept the whole night through?
Another morning comes around,
I feel tired

I drive down to the rodeo
Gonna ride a bull in a video
But nothing, nada, neiente.
I'm still empty

But your here and I'm here
So I stop complaining it could be raining
And I see the answer in your eyes
Your here and I'm here
I keep on singing just keep on singing
Singing singing singing

Skye Edwards -- Stop complaining


[photo by me - Cascais by night]

Não consigo dormir. Sei que temo trabalho a fazer amanhã, mas ocupo-me com os moldes, pesquiso imagens, procuro um nome para as minhas criações. O sono não vem. Disseram-me que podia ter que ser eu a acender o lume na casa. Ainda não tinha pensado nisso. Mas a casa não é minha e não quero ser invasora. Não tenho sono. Há também a hipótese de seguir em frente ao encontrar a casa vazia. E as feridas do caminho?! Ia demorar até poder continuar. Os olhos não pesam. Vou sair da árvore e sentar-me perto da entrada do caminho.

*********


Uma amiga minha costuma dizer “As coisas que se descobrem em época de exames!”, na realidade é altura de aproveitar para fazer tudo menos o que temos urgência em fazer. Há uns dias tive uma “daquelas” conversas, em véspera de exame, durante a qual me diziam assim:

“As pessoas já não convidam as outras para fazer coisas estúpidas!”.

Coisas estúpidas como ir à caixa geral de aposentações e ter 300 pessoas à frente a uma hora de fechar, ou combinar o dia de ir acampar para o centro de saúde, procurar uns sapatos que não existem ou ir pagar uma conta. Realmente, nos centros urbanos (era sobre isso a nossa conversa) as pessoas fazem todas essas coisas chatas e mundanas sozinhas. Assim, acabam por guardar um pouco do seu tempo para “convidar”, oficialmente e com telefonema antecipado, os outros para ir ao cinema, teatro ou simplesmente sair à noite.

Ora, todos se queixam da falta de tempo, então porque não aproveitar essas horas e horas passadas a fazer coisas aborrecidas com alguém interessante em vez de esperar pelo “café” marcado para o fim-de-semana seguinte?!

Esses momentos, essas tarefas ou os “recados” como lhes chamo muitas vezes, por serem pedidos cá de casa, também são parte de nós. Quem já foi comigo à procura de calças sabe do que estou a falar. Além de serem partes de nós, podem ser também um desperdício de tempo. Já tentaram levar a bela da sebenta para o centro de saúde ás 7horas da manhã!? É impossível fazer render aquelas horas com os concursos do “quem quer ter mais doenças!”.

Penso também nos casalinhos, até porque vem aí o S. Valentim e já começa a irritar sem ter começado. Os namorados que fazem todas essas coisas chatas sozinhos para depois terem a tarde de domingo para ir ao cinema, dar milho aos pombos ou passear na praia. E conhecer as pessoas na sua vertente “vítima da burocracia e do mau funcionamento do país”?! E a dimensão “procurar os sapatos que não existem”?! E a secção do “tenho que encontrar uma prenda para a minha amiga, SOCORRO!”?! E a parte do “vou ao médico de família! SOS!”?! Tudo isso faz parte das pessoas. Grandes cumplicidades se criam nestes momentos, principalmente quando as pessoas estão a fazer a mesma coisa.

Além do aproveitamento do tempo e de serem partes da vida das pessoas que podem ser partilhados, além de tudo isso, duas cabeças pensam melhor do que uma! “Olha aquela caixa! Vamos ler o que lá diz! Olha afinal podes por aqui os teus papéis e escusas de esperar pelas 300 pessoas à tua frente!”. E pronto, lá vão elas passear.

Nós não somos só cinema, passeios, borga, jogos de futebol, cafés… Somos cidadãos de Portugal que esperam horas e horas em filas, que preenchem resmas e resmas de papel só para pedir um alfinete e que passam de funcionário em funcionário porque nunca ninguém sabe nada nem viu nada. Além disso, vivemos num mundo materialista e temos que fazer compras, e como somos exigentes, às vezes é complicado, como as caixas estão sempre cheias, levamos muito tempo a fazê-las…

Por isso, aproveitem tempo, partilhem momentos, divirtam-se!

terça-feira, janeiro 30, 2007

Mais feltro...

A girafinha que fiz para a minha mana que adora estas bichesas! =)

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Anzol

A árvore de tronco em arco é-me familiar. Quantas vezes terei passado por ela?! Sento-me no tapete de folhas macias, cruzo as pernas e encosto-me. As grandes árvores anciãs terão sempre este aspecto protector, como se pudessem tornar-se em ents e abraçar-nos com os seus ramos, proteger-nos do frio, fazer-nos sentir menos sozinhos.

Não sei há quanto tempo ando em círculos. Primeiro em pânico. Quem não entraria em pânico ao acordar no meio de uma floresta?! Gritar por ajuda. Puxar os cabelos. Atirar-me para o chão. Recomeçar de novo.

Parece que passaram já muitos anos desde que me senti assim. Na verdade, agora estou calma. Já conheço a floresta e sei para onde quero ir. Só não estou ainda certa quanto ao caminho. As cabeleiras fartas das grandes árvores passaram dos verdes aos alaranjados. Fui conhecendo os seus ciclos e assim tornei-me sua amiga. Esperei o tempo necessário até que os meus medos voassem com o vento, pois nunca conseguiria ver o caminho dessa forma. E estou quase pronta. Não sei se vai aparecer algum sinal que me diga para começar. A única saída plausível é aquela cheia de silvas e mato. Quanto terei que sangrar para chegar à pequena casa do lago?! E se a casa está vazia e foi tudo um sonho!?

O bom de estar sozinho são os sonhos. São mais coloridos e ricos, têm mais esperança e calor. De quanto tempo precisei de andar às voltas nesta floresta de caminhos intransponíveis!? Quanto tempo até percebermos que pode não existir uma seta a indicar a direcção e um caminho largo e seguro para percorrer?! Quanto tempo para fazer as melhores escolhas!?

O tempo que for preciso.

Levanto-me, abraço o tronco gordo da árvore que me acolheu e partilhou comigo as histórias intemporais que lhe correm na seiva. Está quase. Só espero um sinal. Quando vir fumo no ar, saberei que posso começar a caminhar pelo carreiro outrora temido.

...e se não estiver ninguém na casa do lago?

É só esperar até avistar o fumo.

...e se estiver vazia?
O fumo....
...não poderei fazer o caminho inverso.
Esperar...
...é como anzol na carne, tem que sair pelo lado oposto e fazer outra ferida.

A lareira será acesa….

…morrer aqui com a grande árvore.

O sinal.

domingo, janeiro 28, 2007

Sai uma ambiguidade para a mesa 2!


“Tem cuidado!”
“E se…?!”
“E já pensaste se?!”
“Sabes que…”
“Tens noção de que isso não pode continuar assim”


Os meus últimos dias… E nem sequer posso responder que sei o que estou a fazer, porque realmente não sei! Conversas sobre o que é certo e o que é errado. Para mim isso é relativo! Sou incapaz de discernir onde acaba um e começa o outro. Já dizia Herman Hesse (acho eu) que “uma boa acção é aquela que assegura bem-estar a um maior número de pessoas.” Vejam só “a um maior número”… Temos a boa acção A, B, C… Qual a melhor?! A que tem mais vantagens para mais pessoas… É tudo tão relativo, não me venham com bom e mau, nem com relações "insustentáveis"… A ambiguidade é a minha casa, e segundo o modelo de Beavers, a ambiguidade percebida e respeitada está no funcionamento óptimo do sistema.

A minha mente deambulatória não conhece dicotomias, não percebe acções certas e erradas, a única coisa que sabe é se se está a sentir estimulada, desafiada, criativa, felizRealizada. É essa a linguagem que eu entendo. “Não me venham com conclusões, a única conclusão é morrer! Não me tragam estéticas, não me falem de moral, tirem-me daqui a metafísica!” Deixem-me ser EU!!! Com as consequências também lido eu!

Para onde é que tenho que ir para poder ser EU?! Tornar-me eremita?! Pois, mas e aquele “pequeno” senão da minha existência depender das pessoas?! Preciso de as ter por perto, de estar com elas, para ser eu (se bem que me culpo por não dispensar a atenção merecida a todas, mas isso ficará para outro post) … Mas elas preocupam-se e lá vêm os:

“Tem cuidado!”
“E se…?!”
“E já pensaste se?!”
“Sabes que…”
“Tens noção de que isso não pode continuar assim”


Já que não ouvem os meus gritos, pensem nas minhas palavras… Se deixar de fazer o que me apetece, se deixar de ser verdadeira com aquilo que sinto e com que quero fazer, se passar a fica com “Ses” na cabeça, toda a minha existência perde o sentido.
Quando o mundo desabar em mim, sei para onde correr, sei que vou ouvir um “eu bem te avisei”, mas agora deixem-me Ser…

Posso estar a exagerar, estou a exagerar. Estou mesmo a exagerar! Talvez seja o cantinho recalcado da minha mente, onde enfiei a “moral”, que está a tentar aparecer. Moral… um conjunto de normas de uma sociedade… Desde quando é que me submeto a isso?!

É bom voltar aos meus lugares. Como citei outro dia “Para onde vamos afinal!? Sempre para casa”…. Deixem-me ir para casa.
Ó parte do cérebro conspurcada pela sociedade: deixa-me tomar o meu caminho para casa.

Deixem-me falar de ideias e não do tempo e do trânsito.
Deixem-me estar com as pessoas de quem gosto sem pensar em consequências.
Deixem-me escrever coisas sem sentido (“és sempre livre de escrever coisas sem sentido ou de rasgar as páginas”…)
Deixem-me estar em silêncio (mania de achar que o silêncio é mau. Silêncio é SÓ a ausência de som).
Deixem-me andar à chuva sem me gritarem gripes e pneumonias (podem só oferecer-me o Ilvico).
Deixem-me cantar e dançar e correr e pintar e gritar… como se não houvesse amanhã.
Deixem-me “falhar”.
Deixem-me fazer coisas imperfeitas.
Deixem-me seguir o meu caminho para um Felicidade qualquer.
Deixem-me Ser.

[photo by me, num dos meus lugares, com uma "daquelas" Pessoas, numa manhã de chuva e NEVE, lentes molhadas, passagens proibidas, cavalinhos virados do avesso (seaté os cavalos andam baralhados, como é que eu hei de estar "certa"?!)... Umas horas de Eu...]



E esta foi a segunda e última coisa, até porque não tive tempo para mais! Luinhas e Estrelinhas como eu gosto!!





Weeeeee

A primeira coisinha que fiz em feltro e a cobaia foi a minha prima! =)
Tenho os dedos picados mas ando contente! ;)
Tudo graças à minha Mestra do feltro que me inspira o trabalho ("Faz muitos para montarmos uma banca!") e que me dá nas orelhas ("Então tu enches primeiro de depois metes as aplicações?! Aiiii")! Um beijinho para ti Ana!

sábado, janeiro 27, 2007

ontem estava a escrever uma coisa bonita, eu e a calçada, os meus passos na calçada e tal.. mas não passei do primeiro parágrafo... porque será?! =)

E hoje não estou propriamente inspirada, até porque ando a aprender uma arte nova, já piquei os dedos e tenho o quarto em pantanas outra vez! mas estou contente :D Depois mostro coisinhas!

Hoje vou só deixar uma música potentissima... Muito mesmo! a voz, as guitarras... apetece pôr no máximo e desatar a correr pela rua sem destino!

Já há muito tempo que não há dedicatórias (explícitas) aqui, mas hoje esta vai para a minha Lud... Olha o menino Chris Cornell no aeroporto....


If you take a life

Do you know what you'll give?
Odds are you won't like what it is.

When the storm arrives
Would you be seen with me?
By the merciless eyes i've deceived

I've seen angels fall from blinding heights
But you yourself are nothing so divine
Just next in line

Arm yourself because no one else here will save you
The odds will betray you
And i will replace you
You can't deny the prize it may never fulfill you
It longs to kill you
Are you willing to die?
The coldest blood runs through my veins

You know my name

If you come inside
Things will not be the same
When you return to my eyes

And if you think you've won
You never saw me change
The game that we have been playing

I've seen diamonds cut through harder men
Then you yourself but if you must pretend
You may meet your end


Try to hide your hand
Forget how to feel (forget how to feel)
Life is gone
At just a spin of the wheel (spin of the wheel)

You know my name

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Quem é capaz de gritar na multidão? Dançar no meio da avenida ao som de um qualquer músico de rua? Quem faz realmente aquilo que lhe apetece sem pensar no julgamento dos “outros”?
Até hoje encontrei muito poucas pessoas capazes disso. A maioria fá-lo quando tem a desculpa de já ter bebido um copo, mesmo que ainda não tenha feito o devido efeito.
Parece que as pessoas se preocupam em parecer louquinhas e por isso não se exprimem. Será por isso que não se compreendem grandes artistas que acabam com rótulos de “doidos”?! Não serão eles apenas pessoas que exprimem os seus sentimentos, o seu self sem se preocupar com a opinião dos “outros”?! Talvez por isso sejam artistas! Quem se reprime não poderá criar uma obra controversa e são elas que definem os grandes artistas.



Gostava de, um dia, andar a passear pelas ruas de uma cidade, como Lisboa, como uma rua apinhada de Lisboa, depois de ter entrado nas lojas e experimentado roupa extravagante só para rir uns dos outros, como fazemos por vezes… E nesse dia, depois de jactos de palavras alucinadas, alguém me puxar a mão para dançar ao som de uma guitarra ou um jambé, ou mesmo da carrinhola do fado onde outro dia estava a tocar o Batel da Dulce Pontes, e com a qual eu cantei também… E depois dançávamos, eu com os meus pés de chumbo que serviam somente de razão para mais gargalhadas, sem querer saber de quem parava para olhar a nova modalidade de “pedintes”. No meu sonho elas acabavam por moedas no chapéu dos músicos, mas na realidade provavelmente seguiam caminho a pensar que todas as pessoas deviam ser “civilizadas”. Pergunto-me onde vai a civilização com tão falso “bom senso” e tanta capacidade de fingir. Que grande futuro de actores.




Gosto de cantar pelas ruas, trautear as canções que me ficam no ouvido, ou acompanhar as que ouço por uma janela ou de um carro. Gosto ainda mais quando alguém junta a voz à minha, sem medo dos pensamentos dos outros. Também grito quando as palavras não chegam. Só conheço mais uma pessoa sem medo de gritar seja onde for. Ponho-me então na mente de quem não me conhece e lê este texto… Imagino que estaria a pensar: “Se toda a gente andasse para aí a gritar ou a cantar não faltaria!”. Talvez se as pessoas realmente pudessem protestar em vez de calar e “engolir sapos”, se soubessem comunicar, elas já não precisariam de gritar. Mas estas são conclusões à posteriori. Gostava de encontrar mais genuinidade e menos máscaras do socialmente correcto. E realmente penso que é parvo preocuparmo-nos com o que os outros dizem ou pensam de nós, até porque:

"Nós somos os outros dos outros."

[ 1ª Fotografia by Wayfarer, 2ª e 3ª fotografias cedidas gentilmente por Mário Cruz (foi dificil escolher :P) ]

Yuppie!
Mais um fantasminha vaporizado pela minha bazuca carregada com
tempo, experiências, perspectivas e, claro, vontade!
Ok, perdi (temporariamente?) inspiração para criar assim para o “dark side”, mas agora também não me apetece! Inspirações deprimentes não hão de faltar! E agora já posso revisitar e reinterpretar os “lugares” do passado que faltavam.

AHAHAHAHAHAHAH
A vida é irónica! Para quê acreditar em destino quando o acaso tem tanta piada! (oh, não, lá vem a Alanis… Amiga, cala-ti! Tu ficas para depois!) Já percebi que hoje é um mau dia para ficar em casa a estudar… But it has to be!

Stoppin' The Love (click, click :P)

So you think it's funny
That you keep calling me all of the time
everyday
Oh honey
Don't want to be following and falling behind
If you're gonna be walking away
And I don't know
Why I wouldn't follow
Wouldn't follow

You got me looking up
Even when I'm falling down
You got me crawling out of my skin
You got me wondering why
I am underneath this big old sky
Stopping the loving getting in

Stopping the loving getting in

Now you say it's easy
That you been falling for all of my charm
And getting lost in my smile
Never ceases to amaze me
When I'm chancing my arm
That I still do it with style
And now I hope
You'll be with me tomorrow
With me tomorrow

You got me looking up
Even when I'm falling down
You got me crawling out of my skin
You got me wondering why
I am underneath this big old sky
Stopping the loving getting in

Stopping the loving getting in

You got me looking up
Even when I'm falling down
You got me crawling out of my skin
You got me wondering why
I am underneath this big old sky
Stopping the loving getting in


KT Tunstall (revisited :P)

And by the way, "Find yourself another place to fall!", because it "heal over"!

terça-feira, janeiro 23, 2007

“Olha para mim”…


(© Henri Cartier-Bresson)

Andava aqui a acabar as leituras sem nunca acabar de contemplar as imagens de Augusto Brázio (colectadas num "Olha para mim" e oferecidas por alguém que me é muito querido, e sim, o senhor da senha n.º 2 pode avançar) e pensei em escrever um pouco sobre o significado atribuído aos retratos frontais ou de perfil. Em como os primeiros criam uma forma de idealidade, têm uma ligação com o sagrado e o peso das relações subjectivas, são intemporais e universais e correspondem aos rostos humanos “sem data nem lugar”. Já quem se deixa fotografar de perfil tem um “papel de reinante”. Estas imagens são consideradas profanas, segundo esta tipologia de Calabrese (seja lá quem for), mais ligadas ao concreto e a um contexto histórico e, portanto, singulares. Depois comecei a pensar na intemporalidade de muitos retratos de perfil que já vi, e avancei umas páginas.
Cheguei então a um excerto sobre a pose… e como a pose pode ser natural ou não e de como usamos a pose no nosso dia-a-dia para dar impressões de nós… E das pessoas que “imprimem” na pose e as que “não imprimem” deixando derreter a máscara. …

Mas depois aquele que vai ser retratado tenta compor uma personagem e o excesso de artificialismo acaba por ser nocivo”… “excesso de sorrisos”…

Bang!
Desde pequenos… Estamos a comer e a sujar tudo à nossa volta, estamos no banho ou a andar de baloiço e vêm os avós, os pais, os tios, com as intrusivas câmaras e o que é que eles dizem???

Olha o passarinho!!”

E a criança ri mesmo sabendo que nunca vai encontrar o raio do passarinho de que lhe falam! Ri porque imagina um passarinho a sair da câmara! Ri porque é criança!
Esta é a parte fácil de fotografar as crianças, porque elas estão sempre a rir no seu mundo fantástico e inocente!

Depois começa a ser mais complicado rir com passarinhos, e no estúdio, nos casamentos, baptizados, festas de anos, o fotógrafo tem que dizer “sorria!”.
Questão: Porque raio têm as pessoas que ficar a sorrir nas fotografias?!
Para as pessoas guardarem momentos “felizes” e mostrar aos filhos e aos netos?! E quantos fretes já fiz eu em casamentos, baptizados e sítios onde não queria estar e ainda me fizeram “sorrir”! E depois vão poder dizer “foi um dia tão bonito! Estavam todos tão felizes!” baaah Eu não vim ao mundo para alimentar egos alheios!

Há pessoas que não gostam dos meus retratos, porque não são a cores e as pessoas não riem. Eu prefiro capturar a essência do que a pessoa está a ser naquele momento e registar sem avisar. Se a pessoa não está a sorrir é porque não quer, não lhe apetece, não tem razões para isso! Quantos retratos lindos já vi de pessoas em introspecção?! Mas aprece que muitas pessoas continuam a preferir a pose, muitas vezes fútil e egocêntrica, do sorriso, em vez de um perfil pensativo, um rosto com lágrimas, uns olhos que gritam….

Não me interpretem mal, gosto de capturar um bom sorriso espontâneo ou uma gargalhada que se ouve na imagem. Mas não gosto do “sorri” convencional. Aliás, não gosto de coisas convencionais! Não gosto de pessoas que estão sempre a rir como se o mundo fosse cor-de-rosa! Tirem os óculos! Não gosto de pessoas que não aceitam as lágrimas, o olhar vazio, o sorriso descaído, como se achassem que ninguém no mundo tem o direito de não estar “contente”.

Gosto ir ao fundo da pessoa e expor-lhe a essência. E só posso fazer isso, se dentro dela, o seu espirito me disser:


"Olha para mim...."




Hoje deixo uma foto de um dos meus fotógrafos favoritos, Cartier-Bresson. Um artista da simplicidade e dos “momentos decisivos”. E porquê?! A nossa mente não é tabula rasa e é impregnada por diversos acontecimentos, pessoas, conversas. Ultimamente tenho andado a recolher imagens dele e ontem alguém me manda o homem a correr na poça da água :P E aqui está mais um registo seu!

sábado, janeiro 20, 2007


(Viktor Ivanovski)
No fim da aula, o rapaz mais cobiçado da faculdade (não é minha Nôr?!) pergunta, preocupado:

- Ó Professora, mas, mas… Nós sabemos isso, treinamos… mas imagine que andamos com alguém e… O que é que fazemos?! Deixamos a folha num sítio estratégico?!

É difícil desenraizar hábitos de comunicação, muitos deles com origem nas nossas famílias e mantidos durante toda uma vida. Mas tomar consciência será sempre o primeiro passo de alguma coisa!

Ora, Treino e Erros de Comunicação que vêm sobretudo dos Axiomas da Comunicação Humana (as coisas giras que eu ando a estudar!! Têm que servir para alguma coisa!):

- mostrar apreço pelo outro
- procurar entender, em vez de mudar a posição do outro
- falar sobretudo em termos pessoais, com frases na primeira pessoa
- usar farses do género XYZ: Quando fazes X na situação Y, eu sinto Z
- Não esquecer os indíces não verbais
- OUVIR
- Validar
- não fazer leitura de pensamentos, perguntar em vez de presumir (“humm, para vir com chocolates, deve estar a tramar alguma!”)
- manter as mensagens breves, dirigidas ao ponto fulcral, em vez de ir buscar acontecimentos que incomodaram no passado (“Sim, porque, quando há 3 anos, na Caparica, sacudiste a toalha e eu fiquei cheia de areia… Fiquei mesmo irritada!” o melhor exemplo de falta de imediaticidade)
- discutir o problema, em vez de logo a solução
- marcar a ocasião futura para discussão do assunto
- desenvolver o “having fun toghether” (rir de si próprio e da relação: “Olha para nós!")
- não pessoalizar, ou seja, criticar a pessoa em vez do acontecimento (“Tu és sempre a mesma coisa!”,Nunca fazes nada do que te digo!”, “Toda a gente diz que tu és assim”)
- evitar padrões interactivos disfuncionais: Agenda Secreta (“a minha colega disse que o marido que lava a loiça”), paradoxos (“Eu deixo que seja ele a decidir!”), “sim, mas…”
- evitar atitudes defensivas mas instigadoras e culpabilizantes (começar a chorar)
- abandono do terreno (“A conversa acaba aqui!")

E por aí fora… uma série de coisas que por vezes fazemos sem dar conta, mas que nos irritam particularmente quando são os outros a fazer contra nós.
E agora digam lá que o CEP não é amigo!! Mas isto não é só para CNEPS, é para todos nós que vivemos em sociedade e nos relacionamos todos os dias com muitoas pessoas.
A sistémica é realmente uma filosofia de vida...
"Vai-se sendo pessoa num contexto de relações."
(Professor Pina Prata)

quarta-feira, janeiro 17, 2007


Ser Poeta


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!


É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!


É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!


E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!


Florbela Espanca



Uma vez disseram-me que eu não podia ser poeta, porque "Ser poeta é ser mais alto" e eu sou pequenina. Enfim, é assim que eu vejo os poetas e a forma como se pode descrever o mundo quando se está apaixonado pela vida. Espero que vos saiba bem relembrar e, quem sabe, cantarolar o que estou a ouvir agora.

Isto hoje está complicado nesta cabecinha deambuladora. Conflitos entre o que tenho que fazer, o que consigo fazer e o que QUERO fazer. Tirem-me daqui e levem-me a passear pela areia molhada da praia, através das ruas da vila, por entre as árvores arciãs da serra.

Quero amar tudo e só tenho artigos à frente.

(Viva a Bolonhesa!)

(Photo by me)

By my own....


Cada passagem da brisa pelos meus cabelos é uma carícia de liberdade. O calor do sol na minha cara, é uma confirmação de independência.
Acelero de vidros abertos, sinto o vento e a maresia, vejo o mar, bravo, forte, a bater nas rochas, como um espelho de luz no fim de tarde. Sinto-me feliz por estar sozinha, por minha conta, sem justificações racionais a dar.
Sinto-me frustrada por tudo o que abdiquei para estudar para aquele exame, mas isso não importa! Foi uma decisão minha, da minha responsabilidade e portanto as consequências também são minhas!
Tudo me cheira a independência e autonomia (e a egoísmo também, talvez).
Gostar sem “ter que”.

Estar com só porque quero.
Dizer só e o que me apetece.
Pensar em ti apenas porque existes e eu existo.
Não querer nada e querer o mundo inteiro.
É como estar apaixonado sem um alvo e amar cada árvore e cada onda do mar, pela sua simplicidade e individualidade.

E, ficar assim ao sol e fechar os olhos... só eu comigo mesma... sem quandos nem porquês.

sábado, janeiro 13, 2007

.
E se pudessemos manter sempre perto de nós todas as pessoas de quem gostamos?!
.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

"Maybe you want her maybe you need her
Maybe you started to compare to someone not there
Maybe you want it maybe you need it,
Maybe it's all you're running from,
Perfection will not come

Sometimes the hardest thing and the right thing are the same"

lá lá lá :D

THE FRAYYY

(vááá... eu depois escrevo coisas de jeito, agora não me apetece pensar :P "Everyone knows I'm in Over my head, Over my Heaaad!")

quarta-feira, janeiro 10, 2007

O nosso cérebro diverte-se a pregar-nos partidas...
Nos últimos dias, quando estou a conduzir e levo à pendura a Antena3, tenho ouvido uma música que me chama à atenção, por algo mais do que a letra ou a melodia... Todos os dias penso "vou chegar a casa e investigar" e acabo por me esquecer. Mas hoje não...
E assim que clicko no "Procurar" percebo a razão deste interesse na música: faz parte da banda sonora da Grey´s Anatomy e andava a passear na minha mente, qual mensagem subliminar!
É verdade, eu que raramente vejo TV, até porque acabou o Criminal Minds e o Gato Fedorento só dá ao Domingo à noite, eu gosto de ver esta série de internos destranbelhados e "chefes" ainda piores! É de destacar o neurocirurgião oficial do CEP que além de ser lindo, interessante e criativo (meninos, aprendam com ele) tem aquela tendência caprina comum nos homens. (Ups, por momentos pensei que estava em outro blog...)

enfim...

Some people really know how to save a life!!

Eu sinto que todos os dias sou salva por alguém! Há quem acredite em deuses, eu acredito nas pessoas.

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And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
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The Fray - How to Save a Life (click)

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Há Amigos e Amigos…



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Nós ficamos montes de tempo sem falar e, no entanto, quando falamos, é como se tivéssemos falado ontem, e não perdemos o à vontade um com o outro, não é?” (*)

Soa-vos familiar?!
E porque razão isto funciona para umas pessoas e não para outras?! Ao longo da vida vamos fazendo amigos, por onde passamos. Às vezes consideramos um “melhor amigo” numa dada época, mas mesmo esse pode passar na rua, tempos depois, e não nos cumprimentar, ou dizer um “olá” pensando “Falo-lhe ou não!? Será que me reconhece?!”. No entanto, outros (“melhores amigos” ou não) mostram-nos o seu melhor sorriso e a conversa começa a correr como se se tivessem aberto as comportas do rio.


Ás vezes reencontramos pessoas com quem não estamos há muito e falamos sobre os nossos “grupos” de outrora, onde andam as pessoas, o que estão a fazer… Outras vezes apenas paramos para pensar naqueles que passaram na nossa vida. Temos necessidade de ligar a uns e combinar saídas, mas não a outros, também amigos, mas que por qualquer razão achamos que a nossa proposta vai parecer “fora de tempo”.

Há relações para as quais o tempo não existe.

Outro dia diziam-me (e desde aí fiquei com a vontade de escrever dobre isto) “já não podemos falar dos mesmos assuntos, não podemos rir das mesmas pessoas! Quando estamos juntos já não é igual.”. No entanto, continuam a existir amigos intemporais, e cada parte sente isso, principalmente no reencontro.

Fiquei então a pensar qual seria a diferença entre estes dois tipos. Amigos de época e Amigos intemporais.

Qual é o tipo de relação com estes amigos?!

Somos colegas e vamos para a borga todos juntos?! Falamos sobre pessoas e alguns acontecimentos?! Talvez sejamos até um grupo fechado, com as nossas questões e as nossas actividades circunscritas.
Aqui, quando o grupo se dilui (mudança do factor comum que funcionava como “cola”), e as pessoas se afastam, muitas vezes não faz sentido “combinar” mais saídas, ou combinam-se no mês seguinte, mas rapidamente esse “hábito” se desvanece (querem melhor exemplo do que os jantares de turma?!). Ainda que não seja um grupo, mas uma pessoa isolada, com quem falamos de pessoas e acontecimentos, como é quando a reencontramos?! “o que estás a fazer agora?!” e pouco mais. Esses acontecimentos já estão no passado, bem como as pessoas que constituíam os temas de conversa. As “borgas” e actividades do grupo só faziam sentido naquele contexto, com aquela “cola” que já passou de prazo. Lembro-me ainda dos amigos periódicos, com quem estamos numa determinada época do ano, nas férias ou nas terrinhas. Não faz sentido estar com eles fora dessas circunstâncias, embora sejam muito amigos quando estão juntos. Estes são os amigos temporais.

Depois há os outros com quem falamos, certamente, de pessoas e acontecimentos, mas, mais do que isso, de ideias… e as ideias nunca passam de época e, melhor do que isso, estão sempre a evoluir! Quando mais tempo passamos afastados, mais ideias formamos e aperfeiçoamos, por isso não só há sempre conversa, como esta partilha é sempre produtiva permitindo o enriquecimento dos dois lados (ou mais). Quando reencontramos estas pessoas sabemos que elas vão estar ali como dantes, porque o tempo não mata ideias. Não importa onde vamos estar ou com quem, porque estas relações não dependem de factores externos (profissionais ou relacionados com actividades), ou então já dependeram e ultrapssaram esse contexto. Penso nisto como um mecanismo adaptativo: se não existissem estas relações constantes ao longo do tempo, teríamos que estar sempre a começar relações novas e a lutar constantemente para as manter depois de derretida a cola (isto se fizesse sentido lutar). Os amigos intemporais não lutam, estão connosco ao longo da nossa jornada e vão aparecendo de vez em quando, quando o acaso ou as partes se lembram, mas, acima de tudo, sem esforço.

As tipologias ajudam-nos a organizar o mundo, mas ele é bem mais complexo do que isso. Foram estas as conclusões a que cheguei depois de analisar os meus “amigos de sempre” e aqueles (não menos amigos) cuja relação era e é sujeita a contingências.
Pensei nas longas conversas sobre ideologias e dissertações sem fim sobre questões sem resposta. Lembrei-me da infinidade de vezes em que essas ideias reaparecem meses ou anos depois, como se fosse um continuar da conversa. Cada uma das pessoas mudou, o mundo mudou, o tempo passou, mas ficou esta ligação. Este tipo de cumplicidade não se desvanece com o tempo.

"Não fiques desanimado com as despedidas. Uma despedida é necessária antes de poderes ter um novo encontro. E um novo encontro, após momentos ou tempos na vida, é certo para aqueles que são amigos."
Ilusões, Richard Bach


(*) Estava eu com o documento de Word aberto e este texto começado, quando me dizes isto… E ainda há quem não acredite da cumplicidade dos gémeos… ;)

(Photo by me – Cumplicidades)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Levantei-me cedo, como há muito não fazia, e saí de casa ainda era noite.
Já na rua, olhei em volta, procurando a fiel guardiã que vela os meus sonos ou as minhas deambulações nocturnas. Lá estava! Por detrás dos ramos altos dos pinheiros, envolta num espesso nevoeiro, brilhava gorda e feliz.

E como li ontem à noite:

É próprio do homem "desejar a Lua e ignorar a moeda caída aos nossos pés."

...conclusões tardias de um dia em "cheio".