sábado, janeiro 20, 2007


(Viktor Ivanovski)
No fim da aula, o rapaz mais cobiçado da faculdade (não é minha Nôr?!) pergunta, preocupado:

- Ó Professora, mas, mas… Nós sabemos isso, treinamos… mas imagine que andamos com alguém e… O que é que fazemos?! Deixamos a folha num sítio estratégico?!

É difícil desenraizar hábitos de comunicação, muitos deles com origem nas nossas famílias e mantidos durante toda uma vida. Mas tomar consciência será sempre o primeiro passo de alguma coisa!

Ora, Treino e Erros de Comunicação que vêm sobretudo dos Axiomas da Comunicação Humana (as coisas giras que eu ando a estudar!! Têm que servir para alguma coisa!):

- mostrar apreço pelo outro
- procurar entender, em vez de mudar a posição do outro
- falar sobretudo em termos pessoais, com frases na primeira pessoa
- usar farses do género XYZ: Quando fazes X na situação Y, eu sinto Z
- Não esquecer os indíces não verbais
- OUVIR
- Validar
- não fazer leitura de pensamentos, perguntar em vez de presumir (“humm, para vir com chocolates, deve estar a tramar alguma!”)
- manter as mensagens breves, dirigidas ao ponto fulcral, em vez de ir buscar acontecimentos que incomodaram no passado (“Sim, porque, quando há 3 anos, na Caparica, sacudiste a toalha e eu fiquei cheia de areia… Fiquei mesmo irritada!” o melhor exemplo de falta de imediaticidade)
- discutir o problema, em vez de logo a solução
- marcar a ocasião futura para discussão do assunto
- desenvolver o “having fun toghether” (rir de si próprio e da relação: “Olha para nós!")
- não pessoalizar, ou seja, criticar a pessoa em vez do acontecimento (“Tu és sempre a mesma coisa!”,Nunca fazes nada do que te digo!”, “Toda a gente diz que tu és assim”)
- evitar padrões interactivos disfuncionais: Agenda Secreta (“a minha colega disse que o marido que lava a loiça”), paradoxos (“Eu deixo que seja ele a decidir!”), “sim, mas…”
- evitar atitudes defensivas mas instigadoras e culpabilizantes (começar a chorar)
- abandono do terreno (“A conversa acaba aqui!")

E por aí fora… uma série de coisas que por vezes fazemos sem dar conta, mas que nos irritam particularmente quando são os outros a fazer contra nós.
E agora digam lá que o CEP não é amigo!! Mas isto não é só para CNEPS, é para todos nós que vivemos em sociedade e nos relacionamos todos os dias com muitoas pessoas.
A sistémica é realmente uma filosofia de vida...
"Vai-se sendo pessoa num contexto de relações."
(Professor Pina Prata)

8 comentários:

Drifter disse...

Apoiado!!! :D

José Lima disse...

É de realçar que o carácter reactivo e efusivo da natureza humana impede muitas vezes que alguns destas pequenas coisas sejam feitas de forma correcta.

"evitar atitudes defensivas mas instigadoras e culpabilizantes"

"abandono do terreno"

São apenas dois dos aspectos que muitas pessoas fazem e muitas vezes nem se dão conta, tem a ver com a maneira de ser delas e nunca foram alertadas para que deviam proceder de outra forma. Abandono do terreno, a pessoa pode estar farta de discutir, saturada, e só quer encerrar a conversa independentemente de o assunto estar ou não encerrado, até pode ser para discutir mais tarde, mas agora não, simplesmente não consegue mais (por exemplo). Todos nós já cometemos várias vezes alguns destes "erros", e alguns deles cometemos vezes sem conta, porque fazem parte da nossa maneira de ser.

A natureza das pessoas é uma teia muito complicada, somos muitos e muito diferentes uns dos outros, é um pouco toda esta riqueza de formas de ser e estar que nos torna interessantes, se bem que algumas coisas deviam ser evitadas e devíamos proceder de formas mais correctas em certas situações.

Marcos Sobral disse...

de facto e lamentavel k nao konsigamos tds tomar sempre as atitudes certas e em x de reagir impulsivamente, pensar antes k klareza e diskutir o problema antes da soluçao (embora numa busca komum da soluçao) e nao estereotiparmos tts koisas km kostumamos fazer. no kampo das relaçoes humanas o homem revela muitas x o quao errado anda....
mas k a idade e a experiencia de vida quiçá tomemos mais consciencia dos nossos actos ANTES de os fazermos.... (o texto de Lisbos anda por ai ....:)

Marcos Sobral disse...

de facto e lamentavel k nao konsigamos tds tomar sempre as atitudes certas e em x de reagir impulsivamente, pensar antes k klareza e diskutir o problema antes da soluçao (embora numa busca komum da soluçao) e nao estereotiparmos tts koisas km kostumamos fazer. no kampo das relaçoes humanas o homem revela muitas x o quao errado anda....
mas k a idade e a experiencia de vida quiçá tomemos mais consciencia dos nossos actos ANTES de os fazermos.... (o texto de Lisboa anda por ai ....:)

Marcos Sobral disse...

konkordo em absoluto k o k dizes sobre a morte. a 100% mm.
deixamos de sofrer mas km n temos konsciencia realmente de nada nos vale....
sim klaro k temos de bater k a kabeça para aprender, mas so e pena e k depois de aprendermos nao tenhamos outra oportunidade pa por em pratika o k aprendemos k o(s) nosso(s) erro(s)....
ah e estou viciado nos 2 sites de fotografia k tens aki no teu blog, tem imagens LINDAS mm !
nao konsigo parar de ve-las ! :P

Marcos Sobral disse...

axo k sim....era kapaz de ser de valor :P
estou ansioso por ver as tuas fotos tb !
ainda pa mais sendo uma amante de Lisboa so podem ser excelentes mm ! ;)

Marcos Sobral disse...

a do fotodependente n konsegui ver nada :(
mas as do outro site tao bem fixes mm !
e pareceu-me ate serem de barcelona mas ja nao estou certo disso. tenho umas tb de komboio de eras kapaz de kurtir, temos k fazer ai um cambio de fotos, kual e o teu mail ?

Anónimo disse...

Grande post meu ovinho!
Pois é, a sistémica é mesmo um espectáculo e dá-nos grandes lições de vida =) (a minha dúvida mantém-se: como é k ainda há quem vá para outras Psicologias que não a sistémika???)

Seria tão mais fácil se todos seguissemos estas dicas (mesmo sendo CEP). Só se é pessoa em contexto de relação, e mesmo sem deixarmos "a folha num sítio estratégico", a mudança passa por nós e passa por tomarmos consciência e tentar mudar os nossos hábitos, mesmo que estejam muito interiorizados.

Se fossemos mais frontais, houvesse meta-comunicação e não nos esquecessemos do apreço que temos pelos outros, talvez a comunicação fosse mais clara e reforçasse as relações em vez de as destruir...

Bem, fika o desafio, e parabens ovinho, merecias um premio sistemiko ;)